
Os griôs são mais do que apenas contadores de histórias; são os mensageiros e guardiões das tradições ancestrais que são a alma da cultura africana. Desde os tempos antigos, esses artistas têm desempenhado um papel vital, unindo comunidades com suas palavras e firmando laços comerciais entre reinos. Com instrumentos como o Agogô e o Akoting, eles passam adiante o saber sobre plantas medicinais, cantos e danças, mantendo viva a herança que nos conecta.
Diferente da visão ocidental, que valoriza a escrita, nas sociedades africanas, a oralidade é sagrada. Cada palavra tem peso, é capaz de curar ou destruir e isso torna o papel dos griôs ainda mais profundo e coletivo. Eles são os verdadeiros guardiões da palavra, transmitindo crenças e tradições de geração em geração.
A palavra "griot" surgiu durante a colonização, quando os portugueses começaram a interagir com os reinos africanos. No Brasil, encontramos ecos dessa tradição entre os repentistas, nos terreiros e nas famílias negras que também utilizam a oralidade para contar a sua história e cultura.
Os griôs são a prova viva de que a tradição oral é uma força poderosa, preservando memórias, costumes e saberes que conectam nosso passado ao presente. Eles narram as histórias de seus povos, garantindo que as tradições continuem a vibrar nas futuras gerações.
E é assim que seguimos, mantendo vivas as lutas e tradições que moldaram quem somos. Mesmo que ainda não tenhamos chegado onde desejamos, nossa resistência vem do conhecimento e da força que encontramos juntos. Nessa união, somos mais fortes e encontramos novos meios para se viver. Vamos honrar nossos ancestrais e os mais velhos, que têm tanto a nos ensinar. Eles foram fundamentais na nossa trajetória, e é tempo de valorizar essa sabedoria e celebrar a nossa jornada!
Aos nossos mais velhos, gratidão!

